VÍDEO: EM MEIO À CRISE DIPLOMÁTICA COM OS EUA, LULA PROMETE LEVAR “PRESENTE” PARA TRUMP


Diante do recente aumento nas tensões comerciais entre Brasil e Estados Unidos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu apostar em uma combinação de firmeza e gesto diplomático para tentar reduzir os atritos. Neste domingo, 13 de julho, a primeira-dama Janja da Silva publicou um vídeo em que Lula aparece segurando uma jabuticaba, fruta típica do Brasil, anunciando que pretende oferecê-la ao presidente americano, Donald Trump. Para Lula, o presente representa uma tentativa simbólica de abrir espaço para o diálogo, mesmo após a imposição de novas tarifas sobre produtos brasileiros.

No vídeo, o presidente brincou ao dizer que Trump estaria “de mau humor” e sugeriu que comer jabuticaba logo cedo poderia ajudar a melhorar o clima entre os dois países. Segundo ele, a fruta é um símbolo de algo que é único do Brasil e que, assim como a jabuticaba, as relações entre as nações deveriam ser cuidadas de forma especial, evitando disputas comerciais que tragam prejuízos para ambos os lados.

O gesto surge poucos dias depois de Trump confirmar que vai elevar para 50% as tarifas de importação sobre mercadorias brasileiras, decisão que deve passar a valer a partir de 1º de agosto. A notificação oficial foi enviada à presidência brasileira por meio de uma carta, acendendo o alerta no governo federal.

Para lidar com essa nova barreira, Lula convocou uma reunião com o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, que ocorreu neste domingo em Brasília. A principal pauta foi a elaboração de um decreto de resposta, baseado na Lei da Reciprocidade Econômica, aprovada em abril pelo Congresso Nacional. A legislação permite que o Brasil adote tarifas de retaliação proporcionais sempre que parceiros comerciais impuserem restrições consideradas injustas.

Segundo Alckmin, o texto do decreto está em fase final de ajustes e deve ser publicado até a próxima terça-feira, 15 de julho. A meta é garantir que as medidas brasileiras entrem em vigor no mesmo prazo que a tarifa americana, para tentar equilibrar as condições de mercado e enviar uma mensagem de que o país não aceitará restrições sem uma resposta.

Além do encontro com Alckmin, Lula já havia utilizado as redes sociais no sábado para reforçar o tom de defesa da soberania brasileira. Ele afirmou que o país seguirá firme na proteção de seus interesses econômicos, mas sempre respeitando o diálogo com outras nações.

A troca de tarifas preocupa produtores e exportadores, principalmente do agronegócio, que tem forte presença no comércio com os Estados Unidos. Empresários temem aumento de custos, prejuízos em contratos e impacto na geração de empregos. Por isso, o governo trabalha para tentar conter os danos, ao mesmo tempo em que articula possíveis negociações para amenizar a tensão.

O presente da jabuticaba, ainda que simbólico, é uma tentativa de mostrar que o Brasil não quer romper pontes com Washington. Lula busca reforçar sua imagem de liderança disposta a dialogar, mas que não abre mão de proteger empresas e trabalhadores brasileiros em um cenário global cada vez mais competitivo. Nos próximos dias, a expectativa é de que o Planalto anuncie novos passos para lidar com o impasse sem perder de vista a diplomacia.


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