O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comentou nesta terça-feira (5) sobre o valor do seu salário como chefe do Executivo federal, afirmando que os R$ 46 mil brutos que recebe atualmente “não são muito”. A declaração foi feita durante a abertura da 5ª reunião plenária do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), no Palácio do Planalto.
Confira detalhes no vídeo:
Lula utilizou seu próprio contracheque para ilustrar as distorções do sistema tributário brasileiro, especialmente no que diz respeito ao Imposto de Renda. Segundo ele, a forma como esse tributo é cobrado acaba impactando desproporcionalmente a população mais pobre, que, na visão do presidente, acaba pagando uma carga maior em comparação a quem tem renda mais elevada.
Ao citar seu salário, o presidente destacou que dos R$ 46 mil brutos, uma parte significativa é retida na fonte, com descontos de Imposto de Renda e contribuição partidária. Ele explicou que paga cerca de R$ 27 mil em Imposto de Renda, além de R$ 4 mil ao Partido dos Trabalhadores, restando em torno de R$ 21 mil líquidos. Em tom descontraído, Lula ressaltou que não é fácil administrar as despesas com esse valor líquido.
Além de falar sobre a tributação, o presidente fez uma brincadeira sobre a ausência de reajuste no seu salário, afirmando que ninguém lhe concede aumento, e que ele mesmo precisa “pedir para si próprio”, mas acaba negando o pedido. A ironia revelou a postura crítica de Lula em relação à questão dos vencimentos dos servidores públicos e da própria gestão dos recursos do governo.
A fala do presidente aconteceu em um momento em que o governo federal tem discutido a necessidade de reforma no Imposto de Renda, tema que está em pauta no Congresso Nacional e que gera debates sobre a justiça fiscal e a distribuição da carga tributária no país. A intenção do governo é tornar o sistema mais progressivo, aliviando a tributação sobre as camadas de menor renda.
O Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável, conhecido como Conselhão, onde Lula fez essas declarações, é um fórum que reúne representantes do governo, setor produtivo e sociedade civil para discutir estratégias de desenvolvimento econômico e social no Brasil. O encontro teve como foco o debate sobre políticas públicas que promovam crescimento aliado à justiça social.
A declaração de Lula também se insere no contexto da tentativa do governo de mostrar uma imagem próxima à população, especialmente diante de críticas relacionadas à desigualdade e à carga tributária que afeta principalmente os mais pobres. Ao expor os descontos em seu próprio salário, o presidente buscou ilustrar essas desigualdades e justificar as mudanças propostas.
Embora o salário bruto do presidente seja considerado alto para os padrões nacionais, a explicação sobre os descontos evidencia como o sistema tributário pode pesar sobre todos os trabalhadores, inclusive aqueles que ocupam cargos públicos. A crítica aponta para a necessidade de revisões no modelo vigente para torná-lo mais justo e eficiente.
Em resumo, o posicionamento de Lula sobre seu salário e os impostos que paga reforça a narrativa do governo de que é preciso avançar em reformas tributárias que diminuam as desigualdades e aliviem a pressão fiscal sobre os brasileiros de menor renda, alinhando-se aos debates que têm mobilizado o Congresso e a sociedade.
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