Durante a ligação, Lula buscou negociar a redução de tarifas de até 40% aplicadas aos produtos brasileiros, com o objetivo de melhorar o comércio bilateral. No entanto, De Luca alertou que é prematuro considerar qualquer avanço significativo antes que haja efetiva implementação dessas mudanças. Ele enfatizou que, embora o diálogo seja um passo importante, o governo brasileiro deve manter cautela e não criar expectativas irreais sobre resultados imediatos. A recomendação é aguardar o desenrolar das negociações nos próximos dias ou semanas, com foco em medidas concretas, e não apenas nas declarações de intenção.
O advogado também ressaltou que as sanções e tarifas aplicadas pelos Estados Unidos têm origem em ações internas do Brasil, incluindo o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, entre outras medidas que foram interpretadas como desrespeito a acordos internacionais e normas de comércio. Dessa forma, enquanto esses pontos não forem resolvidos ou mitigados, é pouco provável que haja alterações substanciais nas políticas de Trump em relação ao Brasil. De Luca deixou claro que o governo brasileiro não deve basear seu planejamento estratégico apenas nas declarações de Trump ou nas aparências de boa vontade, mas sim na análise objetiva dos atos e decisões que realmente impactam a relação bilateral.
A posição apresentada pelo advogado serve como um alerta para a classe política brasileira e para a opinião pública: a cordialidade no diálogo internacional não garante mudanças automáticas na prática. É necessário distinguir entre retórica diplomática e medidas efetivas, especialmente quando se trata de relações comerciais e políticas com os Estados Unidos, uma potência que historicamente adota postura pragmática e orientada por interesses estratégicos.
Além disso, a orientação de De Luca destaca a necessidade de realismo e vigilância por parte do governo brasileiro. A expectativa de avanços imediatos pode gerar frustração interna e enfraquecer a percepção de capacidade negociadora do país. Por isso, é fundamental que o governo de Lula mantenha uma postura firme, acompanhando de perto cada etapa das negociações e exigindo que qualquer compromisso seja formalizado e implementado antes de ser celebrado publicamente.
Em suma, o alerta de Martin De Luca evidencia que, embora a conversa entre Lula e Trump tenha sido positiva em tom, o verdadeiro teste da relação bilateral dependerá de ações concretas e efetivas. O governo brasileiro deve adotar uma postura estratégica, paciente e realista, garantindo que medidas de fato tragam benefícios econômicos e políticos, sem se deixar levar por declarações que ainda não se traduzem em resultados tangíveis. A prudência e a análise crítica serão essenciais para conduzir essa negociação de forma eficiente e segura.
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