O ex-governador do Ceará e ex-candidato à Presidência, Ciro Gomes, anunciou oficialmente sua saída do Partido Democrático Trabalhista (PDT) e iniciou conversas com líderes de diferentes legendas para construir uma ampla aliança de oposição voltada a tirar o Partido dos Trabalhadores (PT) do poder nas eleições de 2026. A decisão encerra um longo vínculo com o PDT, que durava mais de vinte anos, e marca uma tentativa de reposicionar sua trajetória política após o fraco desempenho nas urnas em 2022.
O rompimento com o partido vinha sendo amadurecido desde o início de 2025, quando Ciro começou a se distanciar da direção nacional pedetista. O motivo principal seriam as divergências internas sobre o comportamento da legenda em relação ao governo federal e às pautas votadas no Congresso. A aproximação de parte do PDT com o Planalto teria desagradado profundamente o ex-presidenciável, que sempre defendeu uma postura mais firme de oposição.
Após anunciar sua saída, Ciro passou a trabalhar na formação de uma frente que reúna siglas de diferentes espectros, especialmente aquelas situadas entre o centro e a centro-direita. Seu objetivo é construir uma alternativa política capaz de quebrar a polarização que domina o cenário nacional entre o PT e o bolsonarismo. O plano inclui a defesa de um projeto econômico de crescimento sustentável, de equilíbrio fiscal e de descentralização administrativa, bandeiras que ele vem levantando há anos.
Nos bastidores, Ciro tem mantido contato com lideranças políticas que também buscam novos caminhos fora das estruturas tradicionais de poder. Ele aposta na união de forças descontentes com o governo atual e no apoio de parte do eleitorado que rejeita tanto o discurso petista quanto o radicalismo do campo conservador. Essa estratégia, segundo aliados próximos, pretende devolver ao debate político brasileiro uma terceira via com conteúdo programático e base ideológica sólida.
Entre as legendas que poderiam acolher o ex-ministro, circulam nomes como PSD, União Brasil e MDB, partidos que têm buscado se reposicionar como alternativas viáveis no espectro político moderado. Ainda não há definição sobre qual rumo Ciro tomará, mas a expectativa é de que ele anuncie sua nova filiação até o primeiro semestre de 2026, quando as articulações eleitorais estarão mais avançadas.
A saída de Ciro Gomes representa um impacto considerável dentro do PDT, que perde uma de suas figuras mais reconhecidas e influentes. O político cearense, com quatro candidaturas presidenciais e uma longa trajetória pública, é visto como um dos nomes mais experientes da política nacional. Sua influência no Nordeste e seu histórico de gestor público o mantêm como um ator relevante no debate político, mesmo fora das estruturas tradicionais de poder.
Ao deixar o PDT e buscar uma nova articulação, Ciro sinaliza que não pretende se afastar da cena política. Pelo contrário, reforça a intenção de permanecer como protagonista e de liderar uma frente capaz de construir uma alternativa concreta ao projeto petista em 2026. O movimento indica que o ex-ministro aposta em uma reorganização da oposição e pretende ocupar um papel de destaque nas discussões sobre o futuro político do país.
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