VÍDEO: SENADOR CLEITINHO EXPÕE ÁUDIO DE BARROSO NO PLENÁRIO


Em um discurso enérgico no plenário do Senado Federal, o senador Cleitinho voltou a defender a concessão de anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro e acusou o Supremo Tribunal Federal (STF) de agir com parcialidade em processos de caráter político. O parlamentar exibiu um áudio do ex-presidente do STF, Luís Roberto Barroso, no qual o ministro reconhece que ocorreram erros nas condenações de inocentes em casos sob a responsabilidade do ministro Alexandre de Moraes. A gravação serviu de ponto de partida para o discurso, no qual Cleitinho afirmou que o Senado não pode se omitir diante do que considera uma sequência de injustiças.

O senador criticou o contraste entre o tratamento dado a manifestantes e o reservado a políticos condenados por corrupção. De acordo com ele, há casos de agentes públicos com longas condenações que permanecem em liberdade e até concorrem a cargos eletivos, enquanto pessoas comuns enfrentam punições severas por infrações de menor gravidade. Citando o caso de uma mulher condenada a 14 anos de prisão por pichar uma estátua com batom, Cleitinho afirmou que as penas aplicadas são desproporcionais e incompatíveis com os princípios de justiça. Para ele, conceder anistia não seria absolver culpados, mas corrigir exageros do Judiciário.

Durante sua fala, o senador também mencionou o ex-presidente Jair Bolsonaro, alegando que ele estaria sob uma espécie de “prisão domiciliar informal” há mais de dois meses, mesmo sem condenação transitada em julgado. Segundo Cleitinho, essa situação reforça a ideia de que há uma perseguição política em curso, com o objetivo de limitar a atuação de figuras que ainda têm grande apoio popular. Ele classificou a postura do Supremo como uma tentativa de interferência no processo democrático e defendeu o equilíbrio entre os Poderes.

Cleitinho destacou que o Congresso Nacional tem autonomia para propor leis e deliberar sobre anistias, sem precisar da anuência do Supremo Tribunal Federal. Para ele, o Legislativo tem o dever de agir com independência e de proteger os direitos individuais quando decisões judiciais ultrapassam limites razoáveis. O senador argumentou que é papel do Parlamento corrigir distorções e garantir que a Constituição seja respeitada em sua essência.

O parlamentar também recordou que o Brasil já concedeu anistias em momentos anteriores da história, inclusive a políticos que voltaram à vida pública posteriormente, e questionou por que esse mesmo direito estaria sendo negado agora. Em sua avaliação, a resistência à proposta atual revela um tratamento desigual e seletivo por parte das instituições.

Encerrando sua fala, Cleitinho reafirmou que continuará lutando pela revisão das penas impostas e pela anistia dos condenados, inclusive do ex-presidente Bolsonaro. Para ele, a medida representa uma forma de restaurar a justiça e preservar os princípios democráticos. O discurso reforçou sua imagem como uma das principais vozes no Congresso em defesa dos investigados e condenados pelos acontecimentos de 8 de janeiro, reacendendo a discussão sobre os limites de atuação do STF e a necessidade de autonomia do Legislativo.


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