Jair Bolsonaro prestou novo depoimento depois de virar alvo de uma apuração que investiga possíveis danos à tornozeleira eletrônica que ele era obrigado a usar como parte de uma medida de vigilância. O aparelho, responsável por registrar seus passos e garantir que ele seguisse as determinações judiciais, apresentou falhas consideradas sérias pelos responsáveis pelo monitoramento. Isso levou a Justiça a abrir um procedimento específico para avaliar se houve tentativa de manipulação.
Confira detalhes no vídeo:
A investigação começou quando a equipe técnica notou sinais incomuns no equipamento. O relatório encaminhado às autoridades apontou marcas de calor e alterações na estrutura externa da tornozeleira, especialmente na área do fecho, onde foram encontrados indícios claros de que algo quente foi aplicado. Esses elementos levantaram suspeita imediata de interferência. Ao depor, Bolsonaro reconheceu que usou uma ferramenta aquecida sobre o aparelho, mas disse que não teve intenção de danificar o funcionamento. Afirmou que teria feito isso por curiosidade, sem imaginar que causaria problema.
Para o Judiciário, porém, o que foi detectado não combinava com uso normal. As autoridades entenderam que não se tratava apenas de desgaste ou batidas, mas de um dano que sugeria ação direta sobre o equipamento. Com isso, a Justiça passou a considerar que Bolsonaro havia descumprido a medida, o que reforçou a avaliação de que ele poderia tentar burlar o monitoramento. Esse fator acabou pesando para rever a situação dele e discutir medidas mais rígidas.
Outro ponto levado em conta é que a casa do ex-presidente fica próxima a embaixadas, locais que poderiam oferecer proteção diplomática. Além disso, apoiadores vinham se reunindo com frequência na frente da residência, criando um ambiente instável e de possível risco de obstrução. Esses elementos foram citados como motivos suficientes para aumentar a vigilância e evitar qualquer manobra que atrapalhasse o andamento das investigações.
A defesa reagiu dizendo que a tornozeleira era desnecessária e desproporcional. Os advogados argumentaram que Bolsonaro já vivia escoltado e não tinha motivo para fugir. Também afirmaram que o equipamento continuava registrando tudo corretamente e que o dano não tinha afetado o funcionamento real da tornozeleira. Ainda assim, o laudo técnico e a análise jurídica prevaleceram.
Os responsáveis pelo monitoramento reforçaram que as marcas identificadas só poderiam ter sido feitas com uma fonte de calor aplicada diretamente, e não por acidente. Esses dados foram anexados ao processo e serviram de base para a decisão judicial que endureceu as medidas impostas ao ex-presidente.
O depoimento acabou virando mais um capítulo nas disputas judiciais que envolvem Bolsonaro. Para quem o apoia, o caso seria mais um exemplo de perseguição. Para quem o critica, reforça a ideia de que ele tenta escapar das regras que lhe são impostas. Enquanto isso, ele segue sob custódia e sua equipe tenta reverter a decisão. O processo continua em andamento e ainda deve render novos desdobramentos.
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