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A movimentação política no Senado ganhou força depois que Davi Alcolumbre tomou uma decisão que pode atrapalhar os planos do governo Lula em relação ao Supremo Tribunal Federal. A crise começou com a indicação de Jorge Messias, atual advogado-geral da União, para ocupar a vaga aberta no STF. A escolha desagradou Alcolumbre, que esperava ser consultado antes do anúncio e defendia outro nome. A partir daí, ele passou a articular uma reação que pode comprometer a estratégia do governo.


Alcolumbre, que tem forte influência na Casa e costuma atuar como articulador em indicações ao Judiciário, decidiu não apoiar Messias. Além disso, deixou claro a aliados que deve votar contra o indicado. A postura dele é considerada um movimento pesado, porque influencia diretamente outros senadores, inclusive aqueles que normalmente acompanham decisões do governo. Ao se posicionar contra, ele muda a balança interna da votação e abre espaço para uma possível derrota do Planalto.


O senador também aproveitou o momento para pautar temas que contrariam interesses do Executivo, como a discussão sobre o fim da reeleição para cargos do Executivo a partir de 2028. Puxar essa proposta agora é visto como um recado claro de que ele pretende mostrar autonomia e reforçar que o Senado não deve atuar como carimbo das decisões do governo federal. O gesto mostra que o atrito sobre a indicação ao STF se misturou a disputas mais amplas dentro do Congresso.


A resistência de Alcolumbre cria um problema real para Lula. A sabatina de Messias, que deveria ser apenas uma etapa formal, agora se transforma em um teste político. Sem o apoio do senador, a aprovação do indicado fica ameaçada. Nos bastidores, já se fala na possibilidade do governo precisar mudar a estratégia, negociar mais intensamente ou até cogitar outro nome caso a articulação não avance. O impasse cria desgaste e expõe falta de alinhamento entre o Executivo e a base parlamentar que deveria sustentá-lo.


Outro ponto relevante é que Alcolumbre vem defendendo mudanças no funcionamento da relação entre Legislativo e Judiciário. Ele critica o aumento de ações diretas que chegam ao Supremo logo após a aprovação de leis, afirmando que isso limita a autonomia do Congresso. Esse discurso fortalece sua posição atual, já que ele se apresenta como defensor da independência do Senado diante da influência do Planalto e da Corte.


O cenário é de incerteza. A tensão gerada pela indicação de Messias já repercute entre senadores que estavam indecisos e agora observam até onde Alcolumbre está disposto a ir. Caso ele consiga reunir votos suficientes para barrar o indicado, seria um golpe significativo para o governo, que tenta consolidar maior influência no STF. Ao mesmo tempo, mostraria que o Senado está disposto a impor limites ao Executivo.


No fim, a atitude de Alcolumbre reacende a disputa por espaço dentro do Congresso. O governo tenta avançar com sua escolha para o STF, mas enfrentará um processo bem mais difícil do que previa. A decisão do senador não apenas complica a vida de Lula, mas também reorganiza o jogo político dentro do Senado, fortalecendo quem defende uma postura mais independente em relação ao Palácio do Planalto.



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