VÍDEO: LULA COMETE VEXAME EM VISITA A MOÇAMBIQUE


A visita de Luiz Inácio Lula da Silva a Moçambique marcou mais um capítulo da estratégia do governo brasileiro de reforçar os laços com países africanos. A viagem ocorreu logo após a participação do presidente na reunião do G20 e teve como objetivo central reativar acordos e parcerias que estavam parados ou pouco explorados nos últimos anos. Logo ao desembarcar em Maputo, Lula foi recebido pelo presidente Daniel Chapo para um jantar oficial que abriu a programação diplomática.


Durante os encontros, Brasil e Moçambique assinaram nove acordos bilaterais, abrangendo áreas consideradas prioritárias pelos dois governos. Os entendimentos incluíram cooperação em saúde, educação, comércio, ciência, tecnologia e projetos de infraestrutura. Segundo os representantes moçambicanos, o país vê o Brasil como um parceiro estratégico capaz de colaborar na formação de profissionais, no fortalecimento do sistema educacional e no desenvolvimento de políticas públicas de combate à pobreza. Para o governo brasileiro, ampliar a presença no continente africano faz parte de um plano maior de reposicionamento internacional, buscando fortalecer alianças que ficaram fragilizadas em gestões anteriores.


A passagem de Lula pelo país também teve um componente simbólico relevante. A Universidade Pedagógica de Maputo concedeu ao presidente brasileiro o título de Doutor Honoris Causa. A instituição justificou a homenagem afirmando que as políticas de cooperação implementadas pelo Brasil em governos anteriores tiveram forte impacto no avanço educacional de Moçambique, especialmente em programas de alfabetização, formação docente e intercâmbio acadêmico. Lula agradeceu a honraria dizendo que o Brasil “tem uma dívida histórica com a África” e que a aproximação não deveria ser vista como caridade, mas como um intercâmbio entre nações que compartilham desafios semelhantes.


Nos discursos feitos durante a visita, o presidente afirmou que o Brasil “se perdeu por caminhos sombrios” ao se afastar do continente africano e que seu governo pretende reconstruir vínculos que ele considera essenciais para o futuro da política externa brasileira. Lula ressaltou que tanto o Brasil quanto vários países africanos enfrentam desigualdades profundas, e que por isso a cooperação entre eles precisa ir além da diplomacia tradicional, envolvendo trocas de tecnologia, apoio educacional, investimentos e estímulo ao comércio bilateral.


A recepção em Moçambique foi amistosa, com autoridades locais destacando a importância da parceria. Ao mesmo tempo, setores críticos no Brasil apontaram que a viagem faz parte de uma estratégia política voltada à projeção internacional do presidente num momento interno delicado. Ainda assim, para o governo moçambicano, a retomada da relação representa oportunidade de ampliar possibilidades econômicas e sociais.


Ao final da visita, Lula reforçou que sua política externa seguirá priorizando o diálogo com o continente africano. Para ele, Brasil e Moçambique têm histórias entrelaçadas e interesses convergentes, e recuperar esse elo seria uma forma de impulsionar desenvolvimento mútuo. A agenda encerrada em Maputo, segundo o Itamaraty, deve gerar novos desdobramentos nos próximos meses.


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