O ponto inicial da crítica é a invasão ao espaço restrito da conferência. Um grupo grande de manifestantes conseguiu ultrapassar barreiras e chegar a uma área que deveria ser totalmente controlada. Para a ONU, isso mostra que o esquema montado não tem o mínimo necessário de prevenção, monitoramento e resposta rápida. Portas sem vigilância, equipes reduzidas e demora para conter o avanço dos invasores são exemplos apontados como falhas que não poderiam ocorrer em um encontro desse porte. A organização afirma que, se um grupo não autorizado entrou com facilidade, existe a possibilidade de algo mais grave acontecer.
Outro foco de tensão são os problemas de infraestrutura. Dentro dos pavilhões, o calor virou um tema recorrente. Delegados relataram ambientes abafados, dificuldades para trabalhar e até episódios de mal-estar. Equipamentos de climatização falhando, locais com temperatura acima do aceitável e falta de ventilação adequada se tornaram um problema geral. Além disso, houve registros de alagamentos após chuvas, filas demoradas para alimentação e banheiros sem condições básicas de uso. Para a ONU, essas situações comprometem tanto o andamento das discussões quanto a imagem internacional do evento.
A carta exige que o governo entregue rapidamente um plano claro de correção, detalhando como cada falha será resolvida. A demanda foi direcionada à Casa Civil e aos responsáveis diretos pela organização da conferência. A ONU quer medidas práticas, reforço no efetivo de segurança, reorganização das entradas, mais controle de acesso, monitoramento constante e melhorias urgentes no conforto dos espaços internos. O governo, por sua vez, afirma que já está tomando providências, aumentando o número de agentes, revisando rotas de circulação, instalando novos equipamentos e tentando normalizar a estrutura.
Mesmo assim, a cobrança internacional coloca pressão política. A COP30 é um dos maiores eventos globais do ano e funciona como vitrine para o país em temas ambientais. Erros desse tipo abrem espaço para críticas e podem prejudicar a credibilidade do Brasil como anfitrião de encontros dessa dimensão. Delegações estrangeiras estariam preocupadas com a segurança e com a falta de organização, o que faz o episódio ganhar repercussão além do fator técnico.
No fim, a ONU dá um recado direto: a conferência não pode continuar com improviso. As falhas precisam ser tratadas com seriedade, porque envolvem segurança, logística e a confiança de dezenas de países. O Brasil é cobrado a alinhar suas ações imediatamente para evitar desgastes maiores e garantir condições adequadas para que o evento siga sem novos problemas.
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