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De acordo com o Inmet, esse tipo de alerta é acionado quando as temperaturas permanecem, por pelo menos cinco dias consecutivos, cerca de 5 °C acima da média histórica prevista para o período. Esse cenário prolongado de calor excessivo aumenta significativamente os riscos à saúde pública, principalmente entre idosos, crianças, gestantes e pessoas com doenças crônicas.
A persistência das altas temperaturas pode provocar uma série de problemas graves, como desidratação, exaustão térmica e hipertermia — condição em que o corpo perde a capacidade de regular a própria temperatura. Em casos mais extremos, a hipertermia pode levar a complicações severas, incluindo falência de órgãos e risco de morte, caso não haja atendimento médico rápido.
Além dos impactos diretos à saúde, a onda de calor também afeta o cotidiano das cidades. Hospitais e unidades de pronto atendimento tendem a registrar aumento no número de pessoas com mal-estar, tonturas, quedas de pressão e agravamento de doenças cardiovasculares e respiratórias. O consumo de energia elétrica também cresce, impulsionado pelo uso intenso de ventiladores e aparelhos de ar-condicionado, o que pode sobrecarregar o sistema elétrico.
O Inmet reforça a importância de medidas preventivas durante o período de calor extremo. A recomendação principal é manter a hidratação constante, mesmo sem sentir sede, além de evitar exposição direta ao sol nos horários mais quentes do dia, geralmente entre 10h e 16h. O uso de roupas leves, claras e a permanência em locais ventilados ou climatizados também são orientações básicas para reduzir os efeitos do calor.
Outro ponto de atenção é a prática de atividades físicas. Especialistas recomendam evitar exercícios ao ar livre durante os períodos de maior intensidade do sol. Quando a prática for inevitável, é fundamental reduzir a intensidade, aumentar os intervalos de descanso e reforçar a ingestão de líquidos.
A onda de calor também preocupa autoridades ambientais e agrícolas. Temperaturas elevadas e prolongadas podem agravar a seca em algumas regiões, afetar lavouras, reduzir a disponibilidade de água e aumentar o risco de queimadas. Estados com histórico de incêndios florestais entram em alerta máximo durante períodos como este.
Segundo meteorologistas, a tendência é que esse padrão de calor intenso esteja relacionado a mudanças climáticas globais, que têm tornado eventos extremos mais frequentes e duradouros. O fenômeno reforça a necessidade de planejamento urbano, políticas públicas de adaptação climática e conscientização da população sobre os riscos associados a condições meteorológicas severas.
O Inmet segue monitorando a situação e pode atualizar os alertas conforme a evolução do clima nos próximos dias. A orientação é que a população acompanhe os comunicados oficiais e siga rigorosamente as recomendações de segurança para reduzir os impactos da onda de calor e preservar a saúde.


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