O clima entre Venezuela e Estados Unidos ficou ainda mais pesado, e Nicolás Maduro resolveu intensificar sua resposta. Diante do avanço de forças americanas na região do Caribe e da pressão crescente de Washington, o presidente venezuelano fez um pedido firme às Forças Armadas: manter vigilância total, reforçar posições estratégicas e ampliar o estado de alerta em todo o país. A determinação veio acompanhada de ordens para fortalecer a estrutura militar e ampliar o contingente disponível em caso de qualquer eventualidade.
Confira detalhes no vídeo:
Maduro deixou claro que enxerga a movimentação norte-americana como um passo perigoso. Para ele, a presença de navios, aeronaves e tropas dos EUA próximos ao território venezuelano não é “coincidência” nem operação rotineira. No discurso do governo, isso seria parte de um plano maior para cercar o país, pressionar o regime e possivelmente tentar criar condições para uma ruptura interna. Diante dessa leitura, a resposta de Caracas passou a ser baseada na ideia de prontidão e autodefesa permanente.
A principal medida adotada foi reforçar o número de militares ativos e convocar novos integrantes para as milícias civis. Esses grupos, que já atuam há anos ao lado das Forças Armadas, ganharam mais protagonismo. Segundo o governo, eles funcionam como um complemento essencial em caso de conflito, pois conhecem o território e recebem treinamento contínuo. A lógica do regime é simples: quanto maior a base de defesa, mais difícil seria qualquer tentativa de intervenção.
O presidente também destacou a necessidade de modernizar o arsenal. Maduro afirmou que o país deve acelerar a compra e a produção de tecnologias militares, especialmente drones, radares e equipamentos de defesa aérea. Para ele, é fundamental atualizar o sistema de vigilância e melhorar a capacidade de detectar movimentos estrangeiros em tempo real. A Venezuela, que enfrenta limitações econômicas, tenta costurar acordos com países aliados para obter tecnologia e armamentos sem depender do mercado ocidental.
Além do reforço de pessoal e equipamentos, o governo ordenou uma série de exercícios militares intensivos. Eles estão ocorrendo em bases navais, áreas de selva, regiões montanhosas e pontos fronteiriços. A ideia é simular diferentes cenários de ataque e preparar tropas para operações simultâneas. Esses exercícios também funcionam como demonstração de força, sinalizando que a Venezuela não pretende ceder facilmente às pressões externas.
No campo político, Maduro tenta transformar a tensão em combustível para unir sua base. O discurso de que “a pátria está sob ameaça” serve para mobilizar apoiadores e reforçar o argumento de que críticas internas devem ser deixadas de lado. Ele vem repetindo que qualquer divisão no momento atual seria explorada pelos adversários internacionais. Isso cria um ambiente em que o governo se apresenta como o único capaz de proteger o país de um inimigo externo.
Apesar disso, especialistas têm alertado para o perigo desse tipo de escalada. A diferença militar entre EUA e Venezuela é gigantesca, e qualquer erro pode resultar em consequências sérias. Mesmo assim, Maduro aposta que elevar o tom e mostrar força pode afastar ações precipitadas e dar mais peso ao seu governo no cenário internacional.
No fim, o pedido ousado feito às Forças Armadas é parte de uma estratégia clara: aumentar a sensação de vigilância, mobilizar aliados internos e manter a narrativa de que a Venezuela está diante de uma disputa maior. O país vive um momento de tensão que pode se prolongar, e cada passo agora tem impacto direto no futuro político e militar da região.
VEJA TAMBÉM:
Clique aqui para ter acesso ao livro escrito por juristas, economistas, jornalistas e profissionais da saúde conservadores que denuncia absurdos vividos no Brasil e no mundo, como tiranias, campanhas anticientíficas, atos de corrupção, ilegalidades por notáveis autoridades, fraudes e muito mais.


Comentários
Postar um comentário
Cadastre seu e-mail na barra "seguir" para que você possa receber nossos artigos em sua caixa de entrada e nos acompanhe nas redes sociais.