VÍDEO: POR QUE NIKOLAS FERREIRA QUER CPI PARA O IBGE



O deputado federal Nikolas Ferreira (PL) anunciou a intenção de propor a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre pobreza e desemprego. O parlamentar acusa o órgão, juntamente com o governo federal, de distorcer as informações para criar o que ele chamou de “realidade paralela”.

Em suas declarações, Nikolas Ferreira afirmou que os números apresentados pelo IBGE não correspondem à situação vivida pela população brasileira. “Estamos diante de um cenário em que os dados são utilizados para mascarar a verdadeira realidade do país. É urgente que investiguemos se há manipulação deliberada para atender aos interesses políticos do Planalto”, disse o deputado.

O parlamentar também criticou o governo federal, alegando que as estatísticas têm sido usadas para construir uma narrativa otimista sobre a economia brasileira, enquanto muitos brasileiros ainda enfrentam dificuldades. “O que o Planalto e o IBGE estão fazendo é pintar um quadro que não condiz com o que vemos nas ruas, nas comunidades e no dia a dia da população”, destacou.

As declarações do deputado geraram reações de diferentes setores. O IBGE, reconhecido por sua metodologia científica e imparcialidade, defendeu seu trabalho. Segundo o órgão, seus processos seguem padrões internacionais de excelência e transparência. “As acusações de manipulação colocam em risco a credibilidade de uma instituição que tem contribuído para o desenvolvimento de políticas públicas por meio de dados confiáveis”, afirmou uma nota técnica do IBGE.

Entre os especialistas, a proposta de uma CPI também foi recebida com cautela. A economista Laura Freitas ressalta que questionar os dados do IBGE sem apresentar evidências concretas pode gerar insegurança. “O IBGE é uma referência não só no Brasil, mas no exterior. Colocar sua imparcialidade em dúvida sem provas é um erro que pode comprometer a confiança da população em dados oficiais”, alertou.

No Congresso, o pedido de CPI divide opiniões. Enquanto parlamentares da oposição apoiam a proposta como uma forma de garantir a transparência, a base governista vê a iniciativa como uma manobra política para enfraquecer o governo. “Esse pedido não tem fundamento técnico. É um ataque direto ao IBGE e ao governo, com objetivos meramente eleitorais”, afirmou a deputada Mariana Oliveira (PT).

A proposta de Nikolas Ferreira precisa do apoio de 171 deputados para ser formalizada. Caso consiga as assinaturas necessárias, a CPI poderá ser instaurada para investigar os critérios e métodos utilizados pelo IBGE na apuração dos dados.

Organizações da sociedade civil acompanham com preocupação os desdobramentos desse debate. O cientista político Rafael Amaral destacou os riscos de politizar uma instituição técnica. “Desacreditar o IBGE sem fundamentos é perigoso, pois abre espaço para a disseminação de desinformação e prejudica a formulação de políticas públicas baseadas em dados”, pontuou.

A discussão em torno da proposta de CPI ocorre em um momento em que indicadores econômicos, como pobreza e desemprego, continuam sendo temas prioritários no debate público. Com a possibilidade de novas polêmicas à vista, o embate político promete ganhar ainda mais intensidade nas próximas semanas.

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