O desembargador aposentado Sebastião Coelho, reconhecido por sua defesa de presos e perseguidos políticos, fez um apelo direcionado aos ministros André Mendonça e Kássio Nunes Marques, ambos indicados ao Supremo Tribunal Federal pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. Em sua declaração, enfatizou que os magistrados não devem apenas cumprir a Constituição e as leis, mas também adotar uma postura mais firme diante do atual contexto político e jurídico do país.
Coelho apontou que alguns integrantes da Corte frequentemente comentam publicamente sobre processos em andamento, concedem entrevistas e interferem diretamente em outros poderes sem sofrer oposição. Ele destacou que há ministros que opinam sobre julgamentos relevantes, temas políticos e até mesmo mudanças no sistema de governo, o que, em sua visão, compromete a imparcialidade da instituição.
O desembargador demonstrou preocupação com a falta de uma posição divergente dentro do STF, mencionando que declarações públicas de alguns magistrados revelam um viés político evidente. Para ele, a ausência de contestação por parte de outros ministros gera um cenário em que um grupo domina as decisões da Suprema Corte, comprometendo sua neutralidade.
Dirigindo-se diretamente a Mendonça e Nunes Marques, Sebastião Coelho questionou o silêncio de ambos em relação aos acontecimentos recentes. Ele frisou que manifestações restritas aos bastidores não são suficientes e que a sociedade espera deles uma postura pública mais assertiva. Segundo Coelho, a falta de posicionamento pode fazer com que, no futuro, ambos sejam vistos como omissos ou até coniventes com o rumo tomado pelo tribunal.
O desembargador também criticou o ministro Alexandre de Moraes, afirmando que suas decisões e atitudes dentro do STF demonstram uma postura autoritária. Para Coelho, o tribunal deixou de atuar exclusivamente como instância de justiça e passou a exercer um papel predominantemente político, influenciando diretamente os rumos do país.
As declarações do desembargador refletem uma crescente insatisfação de setores da sociedade com a atuação do Supremo Tribunal Federal. O silêncio de alguns ministros e a postura ativa de outros têm alimentado discussões sobre a necessidade de maior equilíbrio e imparcialidade nas decisões da Corte. O apelo de Sebastião Coelho reforça a cobrança por transparência e por um judiciário que atue estritamente dentro dos limites constitucionais, sem interferências políticas.
Diante desse cenário, a expectativa é de que a pressão por declarações públicas e pela revisão de determinadas condutas dentro do STF continue a aumentar. Resta saber se Mendonça e Nunes Marques responderão ao apelo e se manifestarão sobre as questões levantadas, ou se manterão a postura discreta que vêm adotando até agora.
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