Uma recente pesquisa realizada pelo Instituto Atlas, em parceria com a Bloomberg, revela que a maioria dos brasileiros é contrária à prisão domiciliar imposta ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O levantamento, que ouviu 2.447 pessoas entre os dias 3 e 6 de agosto, aponta que 52,1% dos entrevistados desaprovam a detenção em casa do ex-presidente, enquanto 47% se mostram favoráveis à medida. Cerca de 0,9% não soube opinar. A margem de erro do estudo é de dois pontos percentuais, com nível de confiança de 95%.
A prisão domiciliar foi determinada em 4 de agosto pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no contexto de investigações sobre supostas ações de Bolsonaro e do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) contra a soberania nacional. De acordo com a decisão, o ex-presidente teria descumprido medidas cautelares ao permitir que apoiadores políticos divulgassem conteúdos em redes sociais contrários às normas determinadas pelo STF.
Desde que a decisão foi cumprida, Bolsonaro permanece em sua residência em Brasília, sob monitoramento, com visitas autorizadas pela Corte. Recentemente, o ex-presidente recebeu permissão para se ausentar temporariamente de casa para a realização de exames médicos.
Além do processo que resultou na prisão domiciliar, Bolsonaro enfrenta outros procedimentos judiciais de grande relevância. Ele responde a ação criminal que investiga a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022, envolvendo acusações como tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, participação em organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.
A pesquisa destaca que o debate sobre a prisão domiciliar do ex-presidente reflete uma sociedade dividida. Embora a maioria se oponha à medida, uma parcela significativa da população apoia a decisão, evidenciando o clima de polarização política que marca o país. O levantamento também reforça a atenção da população sobre os atos do Judiciário e as repercussões de suas decisões sobre figuras políticas de destaque.
O estudo utilizou o método Atlas RDR, de recrutamento digital aleatório, com questionários aplicados on-line, garantindo representatividade em diferentes regiões e perfis demográficos do país. O resultado indica que a medida adotada pelo STF não encontra apoio unânime e coloca em evidência a percepção de grande parte da população em relação à proporcionalidade das ações judiciais que envolvem líderes políticos.
Analistas políticos interpretam os dados como indicativo de que decisões envolvendo a detenção de ex-presidentes ou parlamentares de alto perfil têm grande impacto sobre a opinião pública e podem influenciar o cenário eleitoral e político nos próximos meses. A pesquisa evidencia ainda que a sociedade acompanha de perto a atuação do STF e avalia criticamente a forma como medidas cautelares e processos criminais são conduzidos, especialmente em casos de grande repercussão nacional.
O levantamento da Atlas/Bloomberg reforça a necessidade de transparência e clareza nas decisões judiciais, em especial aquelas que envolvem líderes políticos com grande influência sobre a opinião pública. A divisão entre aprovação e reprovação demonstra que o tema permanece sensível e capaz de mobilizar discussões intensas em diferentes setores da sociedade brasileira, com reflexos diretos na percepção sobre democracia, Justiça e estabilidade institucional.
VEJA TAMBÉM:
Garanta acesso ao nosso conteúdo clicando aqui, para entrar no grupo do WhatsApp onde você receberá todas as nossas matérias, notícias e artigos em primeira mão (apenas ADMs enviam mensagens).
Clique aqui para ter acesso ao livro escrito por juristas, economistas, jornalistas e profissionais da saúde conservadores que denuncia absurdos vividos no Brasil e no mundo, como tiranias, campanhas anticientíficas, atos de corrupção, ilegalidades por notáveis autoridades, fraudes e muito mais.
Comentários
Postar um comentário
Cadastre seu e-mail na barra "seguir" para que você possa receber nossos artigos em sua caixa de entrada e nos acompanhe nas redes sociais.