BRASIL: ALIADA DE LULA FALA ABSURDO SOBRE CLIMA NA COP30


A ministra Macaé Evaristo, que comanda a área de Direitos Humanos e Cidadania, participou de um painel na COP30 e gerou debate ao usar o termo “privilégio climático” em sua apresentação. Durante sua fala, ela afirmou que os impactos de desastres naturais no Brasil atingem de forma desigual diferentes grupos da população, destacando que, em casos como deslizamentos de terra, as vítimas são majoritariamente pessoas negras. Essa argumentação levou a ministra a defender que as discussões climáticas devem levar em conta fatores sociais e raciais, e não apenas aspectos ambientais ou técnicos.
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Ao explicar sua posição, a ministra afirmou que comunidades de baixa renda e regiões periféricas são as mais afetadas por enchentes, deslizamentos e outros eventos extremos, não por acaso, mas por causa da forma como essas áreas se desenvolveram ao longo dos anos. Muitas dessas localidades nasceram sem infraestrutura adequada, sem drenagem eficiente e sem obras de contenção, o que torna seus moradores muito mais vulneráveis a qualquer fenômeno climático mais intenso. Para ela, isso cria uma desigualdade evidente: enquanto algumas áreas contam com proteção e planejamento, outras vivem sob constante risco.

Com o uso do conceito de “privilégio climático”, Macaé quis mostrar que parte da população vive em regiões protegidas, com serviços básicos funcionando, enquanto outra parte está desprotegida e sofre mais com as consequências dos eventos extremos. A ministra argumentou que esse contraste não é apenas fruto de acidentes naturais, mas de decisões políticas e históricas que moldaram o desenvolvimento urbano no Brasil. Segundo ela, é impossível ignorar que populações negras e pobres foram empurradas para encostas instáveis, margens de rios e regiões mal assistidas pelo poder público.

Durante sua apresentação na COP30, Macaé também defendeu que países como o Brasil precisam incluir indicadores sociais nas estratégias de adaptação climática. Ela reforçou que a discussão internacional não pode se limitar à redução de emissões, mas deve abraçar temas como desigualdade, proteção de comunidades vulneráveis e investimentos mais direcionados. Para ela, o enfrentamento da crise climática exige olhar para quem sofre mais, e isso inclui reconhecer o peso das desigualdades internas.

A fala, porém, gerou divisão. Críticos afirmaram que a ministra politizou demais a pauta climática e trouxe recortes que, segundo eles, desviariam o foco do debate técnico. Para esse grupo, o discurso deveria se manter centrado em soluções práticas e científicas, sem abrir espaço para interpretações sociais amplas. Já defensores da abordagem de Macaé disseram que é impossível separar clima e desigualdade, pois os danos climáticos acabam sempre recaindo com maior força sobre as mesmas populações.

A repercussão transformou a fala da ministra em um dos pontos mais comentados da participação brasileira no evento. Ao colocar a desigualdade racial e social na mesa, Macaé reacendeu o debate sobre como as mudanças climáticas expõem fragilidades antigas do país. A discussão deve seguir no Brasil e no cenário internacional, já que a ministra defende que nenhuma política ambiental será realmente eficaz enquanto não levar em conta quem mais sofre com seus efeitos.

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