MUNDO: FUZILEIROS DOS EUA USAM DRONES SUICIDAS NO CARIBE



Os Estados Unidos intensificaram sua presença militar na América Latina em meio a uma série de exercícios que simulam possíveis operações na região. Entre as atividades mais recentes, destacam-se os treinamentos de fuzileiros navais norte-americanos para operar drones de ataque, conforme divulgado pelo Comando Sul dos EUA nesta quarta-feira (10 de dezembro). A iniciativa ocorre em um contexto de crescente mobilização militar e reforço estratégico no Caribe e em áreas próximas ao continente sul-americano.

Confira detalhes no vídeo:

Os treinamentos foram realizados entre os dias 15 e 25 de novembro e contaram com a participação de militares da 22ª Unidade Expedicionária do Corpo de Fuzileiros Navais. Assim como em outras ocasiões, a atividade ocorreu no campo de treinamento Camp Santiago, em Porto Rico, base frequentemente utilizada pelos Estados Unidos para exercícios de grande porte. O objetivo, segundo autoridades militares, é ampliar a capacidade operacional das tropas e prepará-las para possíveis cenários de combate envolvendo tecnologia avançada.

Durante os exercícios, os militares utilizaram o sistema de drones de ataque Archer, fabricado pela empresa norte-americana Neros. Os equipamentos operam por meio da tecnologia de Visão em Primeira Pessoa, em que o operador controla o drone utilizando óculos especiais que transmitem as imagens captadas em tempo real pelas câmeras instaladas no dispositivo. Essa técnica permite maior precisão e controle em situações que exigem manobras rápidas ou ações de ataque em ambientes de difícil visibilidade.

Os drones Archer têm capacidade de transportar até dois quilos de explosivos e alcançar alvos situados a aproximadamente 20 quilômetros de distância. Essa tecnologia tem ganhado relevância militar após seu uso intensivo na guerra entre Rússia e Ucrânia. Em fevereiro deste ano, a fabricante Neros assinou um contrato para fornecer seis mil unidades do equipamento às forças ucranianas, que utilizam drones como parte essencial de suas operações no campo de batalha.

O anúncio do treinamento de fuzileiros navais se soma a uma série de demonstrações de força realizadas pelos Estados Unidos na região desde agosto, quando uma crise de segurança reacendeu a atenção do governo norte-americano para o Caribe e países vizinhos. Na época, a administração de Donald Trump determinou o envio de navios de guerra para reforçar o combate a grupos supostamente ligados ao tráfico de drogas que utilizariam rotas na América Latina para o envio de substâncias ilegais aos EUA.

Essa mobilização envolveu uma frota acompanhada por caças F-35, um submarino nuclear e o porta-aviões USS Gerald R. Ford, o maior do mundo em operação. A presença desses equipamentos demonstra a disposição dos Estados Unidos em intensificar sua vigilância e atuar de maneira ostensiva em áreas estratégicas próximas a seu território.

Os treinamentos com drones de ataque reforçam a intenção do Southcom de modernizar as capacidades militares norte-americanas no hemisfério ocidental. Ao preparar suas tropas para operar tecnologias amplamente utilizadas em conflitos recentes, os Estados Unidos buscam ampliar sua capacidade de resposta e aumentar a eficiência de ações no combate a ameaças transnacionais.

A continuidade dessa mobilização deve manter a América Latina sob atenção geopolítica, à medida que exercícios militares e demonstrações de força seguem sendo empregados como instrumentos de influência e dissuasão na região.

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