O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) convocou mulheres a participarem do ato a favor da anistia dos envolvidos nos eventos de 8 de janeiro, programado para o dia 6 de abril na Avenida Paulista, em São Paulo. Em sua mensagem, ele sugeriu que as participantes levem consigo um item simbólico: um batom.
Confira detalhes no vídeo:
A referência ao batom remete ao episódio envolvendo Débora Rodrigues dos Santos, manifestante que utilizou o acessório para pichar a estátua "A Justiça", localizada em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF). Na ocasião, ela escreveu a frase "perdeu, mané", uma alusão às palavras proferidas pelo presidente do STF, Roberto Barroso, ao responder a um manifestante em Nova York, no final de 2022.
O caso de Débora ganhou repercussão nacional após o ministro Alexandre de Moraes votar por sua condenação a 14 anos de prisão, com 12 anos e 6 meses em regime inicialmente fechado. No entanto, o ministro Luiz Fux suspendeu o julgamento, sinalizando que revisará a pena imposta à manifestante. O episódio se tornou um dos símbolos da reação do Judiciário aos atos de 8 de janeiro e gerou debates sobre a proporcionalidade das punições aplicadas aos envolvidos.
O ato do dia 6 de abril pretende reunir apoiadores da anistia para pressionar o Congresso e o Judiciário a rever as condenações e investigações sobre os participantes das manifestações que resultaram na invasão das sedes dos Três Poderes. Grupos alinhados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) argumentam que as penas são excessivas e que muitos envolvidos estão sendo tratados com maior rigor do que outros acusados de crimes semelhantes em diferentes contextos.
A convocação de Flávio Bolsonaro insere o protesto dentro de uma estratégia mais ampla da oposição, que busca manter a mobilização política em torno dos desdobramentos do 8 de janeiro. A defesa da anistia tem sido um dos temas centrais para a base bolsonarista, que vê no endurecimento das penas uma tentativa de enfraquecer o movimento conservador no país.
O impacto político do protesto dependerá da adesão popular e da resposta das autoridades. Enquanto apoiadores da anistia veem no ato uma oportunidade de demonstrar força, críticos alertam para o risco de novas tentativas de desestabilização institucional sob o pretexto da defesa dos investigados.
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